A PUTA DE CADA DIA
08/09/2009
Seria a puta daquele que a fizesse uma. Não era mulher cotidiana, esporrava entre pernas dores de uma barbárie. Não sabia o significado da palavra “felicidade” e abortava filhos não desejados, quase corrompidos. Ainda sangrava e como sangrava. Confundia-se entre o existencialismo e o materialismo. Não era mulher parideira. Era um ser em eterno combate com sua própria natureza. Ventava cabelos entre florestas e relutava em aceitar existência. Não era mulher refletida e manifesta em costelas de um único indivíduo. Era a própria coluna: mulher. A diferença rasgava sua boceta de Pandora, ainda molhada pelos males do mundo. Negava! Negava! Abnegava! E, na Bíblia, encontrou sua resposta: seria a puta que jamais iria parir.
Salve Nossa Senhora!