Olá companheiras e companheiros de poesia. Retorno à vida e espero ser bem-vinda!
Abraços
Mandrágora
Camila Marins - 24/03/2007
Da terra infecunda
molhada pelo sêmen;
de grãos pisciformes
que desfazem sua sepultura.
Opróbrios!
Seios fétidos; murchos
que ladram em noite de lua cheia.
Seu grito antropomórfico
invade meu útero: bailarino estéril.
Argila com sede de placenta,
expira.
Agora molda o feto; ceifando
gota a gota de seu sangue.
No ar, apenas piedade
que embala toda a lucidez no colo
entre espáduas; com suas sementes narcóticas,
as olheiras gritam e
alucinam frutos espalhados pela terra.
Vácuo.